Campanha da Fraternidade
No dia 24/03, com o plenário do Cepar lotado, a comissão da Campanha da Fraternidade deu inicio às atividades de formação sobre o tema, com a Plenária da Campanha, amplamente divulgada na comunidade. A Campanha deste ano se fundamenta nos documentos do Concílio Vaticano II, principalmente o “Gaudium et Spes” sobre a Igreja no mundo de hoje. Procurou-se esclarecer neste primeiro momento, dúvidas a respeito da petição popular que deverá recolher 1.500.000 assinaturas, para, tal qual ocorreu com a lei da Ficha Limpa, induzir o Congresso Nacional a votar a chamada “proposta de iniciativa popular para a Reforma Política”.
O documento, de iniciativa da CNBB, do CONIC (conselho nacional das igrejas cristãs do Brasil) e de outras entidades, elaborado pela OAB deve ser conhecido por todos para que possamos reivindicá-lo como uma resposta concreta ao tema da Campanha deste ano: Igreja e Sociedade.
Robson Leite, nosso paroquiano e divulgador do documento, apresentou em linhas gerais, na plenária, os pontos mais importantes da proposta de reforma, que são:
- Fim do financiamento empresarial para as campanhas políticas.
- Doações de pessoas físicas limitadas a R$ 700,00.
- Eleições proporcionais em dois turnos, onde no primeiro turno, os partidos apresentarão seus programas de governo, dando-se a votação para determinar o número de cadeiras para cada um. No segundo turno cada partido com representação concorrerá com o dobro de candidatos para o total de cadeiras alcançadas, sendo metade dos candidatos do sexo masculino e metade feminino.
- Aumento da fiscalização, com maior poder ao TSE.
- Entre outras.
O formulário para a coleta das assinaturas pode ser adquirido acessando: www.reformapoliticademocratica.org.br , assim como outras informações.
Padre Sebastião agradeceu a participação da comunidade, que foi excelente e, chamou a atenção para a necessidade de conhecermos a fundo o que nos propõe a CF deste ano, continuando a participar de todos os debates que ainda teremos.
Fizemos algumas perguntas a Equipe da Campanha da Fraternidade, que prontamente nos respondeu:
1- Como será a divulgação e aprofundamento do tema da CF no Loreto?
A divulgação da CF 2015 na comunidade do Loreto teve início efetivamente nas missas da quarta feira de Cinzas onde os padres fizeram o lançamento da CF e a Equipe de Coordenação apresentou o tema, o lema e objetivos da campanha, nesta ocasião foram apresentados o cartaz e o banner da campanha. A divulgação prosseguiu com a apresentação no Conselho Pastoral dos principais atos litúrgicos da Quaresma e com o encaminhamento, pela PASCOM, de e-mails para as pastorais e movimentos da Igreja. Outras atividades, algumas já programadas outras não, irão contribuir com a divulgação, tais como: através dos círculos, avisos de missas, a palestra do Prof. Robson Leite do dia 24/3 e outras palestras que estão sendo programadas para após a Quaresma.
2- Na prática, o que a CF pode deixar de legado para nossa comunidade?
O maior legado que a campanha da fraternidade pode nos deixar é que o cristão possa tomar consciência de sua ação no mundo e a ampliação do diálogo entre a igreja e sociedade. Como já diz a letra do hino da campanha da fraternidade: “Uma Igreja de portas abertas sem medo de amar”. Isso tudo depende muito do empenho da comunidade em divulgar e em colocar em prática os objetivos da campanha: “Objetivo geral: aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus (CNBB)”. Acreditamos que a CF é um momento para a comunidade debater sobre temas que atingem, em cheio, o seio da sociedade, conscientizando a comunidade que é responsabilidade de todos melhorar nossa sociedade.
3- Alguma pastoral em particular terá uma função direta nas atividades propostas pela CF? Quais e como se dará?
A luz do tema da CF “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e do lema “Eu vim para servir (Mc. 10,45)”, todas as pastorais tem sua participação, cada uma dentro do seu perfil como pastoral, pois é parte integrante da comunidade. Todas as pastorais e movimentos, imbuídos do tema e lema da CF e tendo como foco os seus objetivos, devem procurar contribuir com ações concretas que possam aproximar Igreja e Sociedade. Todas as Pastorais estão envolvidas, não existe uma em particular, no entanto, as pastorais Familiar e da Ação Social já vem desempenhando suas atividades mais próximas à comunidade.
4- Lendo o texto, nos parece que o SERVIÇO a que nos chama a Igreja, passa por além das fronteiras dos trabalhos cotidianos das pastorais. Como envolver e comprometer as pastorais e grupos diversos a esta proposta?
Esse serviço deve ser posto em prática na sociedade em que habitamos, no nosso trabalho cotidiano, e nos leva a recordar a vocação do cristão de fé, que é o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade. Como cristãos devemos ser um sinal que indica a direção, o rumo certo. Mas não basta apenas a boa intenção, é preciso passar à ação, como por exemplo: palestras de conscientização e de esclarecimento; a atuação dos religiosos nas comunidades carentes (padres, diáconos e congregações de irmãs); e a atuação da Igreja junto aos órgãos governamentais procurando o bem comum, uma sociedade mais ouvida, particularmente, os mais necessitados.
(Pela Pascom: Ana Clébia, pela CF Walmir e Selma)