Santuário da Adoção
Adoção de Crianças com Deficiência e Doenças Crônicas
Também tem direito de ser filho!
Ser pai e mãe é um ato de amor, mas, que acompanha dedicação, afeto, educação, alimentação, etc., e a complexidade que algumas crianças apresentam, pelas suas deficiências e/ou doenças, “assusta” alguns desses futuros papais. Melhor falar em assustar ao ter que falar em preconceito e discriminação, que ainda imperam da sociedade, e adotar uma criança “diferente”, não é assim tão “normal”, cada um tem suas características.
Precisamos mudar o paradigma sobre o conceito do que é normal. Nós somos seres humanos diferentes, distintos uns dos outros, cada um tem suas características. Uma criança com deficiência, não necessariamente possui uma doença, mas, por que não adotar uma criança que possui uma deficiência ou doença crônica?!
O maior problema enfrentado hoje no Brasil em relação às crianças especiais é a discriminação, uma vez que as pessoas estão cada vez menos encarando que o principal compromisso de quem adota é com o amor. Os que estão dispostos a adotar crianças com necessidades especiais precisam estar cientes de que enfrentaram grandes desafios, bem maiores do que imaginam, mas precisam também ver que a recompensa é tão grande, ou ainda maior que a dos pais naturais.
Há um grande número de crianças com deficiência esperando pela adoção, esperando por uma família, esperando serem amadas. Quem quiser adotar uma criança com deficiência ou doença crônica, tem prioridade no trâmite processual, garantido por lei. (Lei 12.955/14)
Um belo depoimento é a do casal Carlos Eduardo da Cruz (técnico de informática) e Neiva Mariz (agente comunitária) que adotaram em 2013, a Silvana, uma menina com hidrocefalia. Neiva admite que, inicialmente, assustou-se com a deficiência.
– Cheguei ao abrigo e vi as crianças em suas cadeiras de rodas no banho de sol – conta. – Silvana tinha três anos e um olhar perdido. Pensei em voltar para o portão, mas, quando a peguei no colo, ela deu uma gargalhada. Foi ali que me apaixonei.
Silvana aprendeu a andar e, embora troque algumas letras, aos poucos supera a dificuldade para escrever. Está no terceiro ano do fundamental e consegue acompanhar as aulas e interagir com os colegas.
Dois anos depois em 2015, adotaram Sofia, de 2 anos, com paralisia cerebral e microcefalia. Neiva afirma: – Ela não levantava a cabeça, não brincava e nem entendia quando a chamavam. Hoje responde as nossas perguntas e no início deste ano deu seus primeiros passos – comemora Neiva. – Para ajudar nossas filhas, instalamos barras de apoio nas paredes, deixamos os brinquedos em sua altura e pusemos os colchões no chão. Queremos que elas tenham autonomia, que não dependam de cadeira de rodas.
Neiva ressalta que cuidar das meninas é uma tarefa extenuante, mas não descarta aumentar a família, e afirma: – Poderia ter filhos biológicos, mas por que deveria colocar uma criança no mundo se já existem tantas precisando de cuidados? Para mim, a deficiência nunca foi um problema. Brincava na minha infância com meninos e meninas surdas ou com deficiência física.
Precisamos de futuros pais dispostos a amar, amar incondicionalmente, e não apenas, a necessidade de ser pai e mãe.
Eliane Carrão (coordenadora do Grupo de Apoio à Adoção)
Maiores informações: santuariodaadocao@gmail.com ou
whatsapp 98446-9085 (Eliane) ou 99614-3739 (Cláudia)