Santuário da Adoção – Fev2019
Adoção no Plano da Salvação (parte 2)
Na última edição refletimos sobre o Amor de Deus que nos escolheu para sermos filhos.
Uma vez órfãos espirituais, mortos em nossas ofensas e pecados, Deus nos trouxe para sua família por meio da adoção. Ele entrou em nossa tristeza e Ele fez dela Sua própria. O preço que Ele pagou por nossa entrada em Sua família eterna foi maior do que eu possa imaginar, a própria vida de Seu Filho, Jesus.
A adoção não é para o fraco de coração. A tragédia é construída em cada história de adoção. Para uma criança, a perda de sua família de origem, seja por morte, abandono, abuso…. é uma marca. A perda de uma mãe e pai biológicos é devastadora, a criança entra em um mundo de tristeza antes de ser capaz de compreender o que ela perdeu.
Mas na tragédia há um convite: quem se oferecerá para fazer a dor de uma criança sua própria?
Sendo tão comovidos por nossa própria e imerecida adoção na família de Deus, agora temos uma chama dentro dos nossos corações para imitar nosso Pai Celestial.
Nem todo mundo vai adotar, mas cristãos, nossa história exige que façamos algo: orar, doar, apoiar outros que estão adotando.
Adoção nos lembra do amor de Deus. Uma adoção terrena é apenas uma sombra do Coração adotivo de Deus e do Amor de Deus por seus filhos.
Deus nos amou antes que soubéssemos que Ele existia, nos escolheu antes de termos feito alguma coisa para Ele. Na adoção muitas vezes a família pode dizer: Eu amei aquela menina, aquele menino, antes de sentir sua pele, cheirar seus cabelos ou abraçá-los. Eles não fizeram nada para conquistar meu afeto. Eu os amo porque sim.
A família em que Deus nos enxertou não é um grupo homogêneo de pessoas, é multiétnica, multicultural e multilíngue. Basta olhar nossas Igrejas pelo mundo a fora. Não é a semelhança do povo de Deus que é bela; é a DIVERSIDADE. Portanto ter uma família colorida e diversa é motivo de alegria e riqueza!!!
Temos um modelo a seguir: O próprio Deus, NOSSO PAI DO CÉU!!!!
A História Pessoal de nossa Salvação acontece hoje, acolhamos as suaves inspirações do Espírito Santo de Deus e quem sabe alguns colaborem neste Plano assumindo a paternidade e maternidade por meio da adoção ou apoiando essa causa, desmistificando que a filiação adotiva é uma subcategoria de família ou caridade apenas. Adoção é muito mais, é tomar uma criança como verdadeiro filho e formar nele um “DNA da alma” moldando seu caráter e seus valores sob a luz do Evangelho.
Que a adoção seja recebida como nosso querido Papa Francisco exorta no seu documento Amoris Laetitia (178) sobre o amor na família, como uma “fecundidade alargada”, diz ele: “Os que assumem o desafio de adotar e acolhem uma pessoa de maneira incondicional e gratuita, tornam-se mediação do amor de Deus que diz: Ainda que a tua mãe chegasse a esquecer-te, Eu nunca te esqueceria” (Is. 49,15).