Profissão de Fé – Os símbolos do Espírito Santo
(Continuação)
A simbologia do Espírito Santo é muito rica e significativa, assim temos:
A água – este simbolismo é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo. É água viva, que brota do coração traspassado de Cristo e sacia os batizados. O Batismo nos concede a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo, ou seja, só chegamos ao Pai pelo Filho através do Espírito Santo.
A unção – tal simbolismo é bastante significativo do Espírito Santo, é sinônimo dele. É sinal do sacramento da Confirmação, pois nele somos ungidos. A palavra Ungido em hebraico é Messias e, em grego Cristo. Jesus é o Ungido por excelência, de uma forma única. O Antigo Testamento fala de outros ungidos, por exemplo, o Rei Davi. No Novo Testamento em diversos momentos vemos a ação do Espírito Santo, por exemplo: a Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo; o anjo o anuncia como Cristo por ocasião do seu nascimento. Simeão é levado por Ele ao Templo para ver o Cristo. É o Espírito Santo quem plenifica o Cristo, é o poder dele que sai de Cristo em seus atos de cura e de salvação. É finalmente ele que ressuscita Jesus dentre os mortos. (Cf. Rm 1,4; 8,11).
O fogo – enquanto água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo que transforma aquilo que toca. No domingo de Pentecostes o Espírito Santo pousa sobre cada um dos discípulos sob a forma de línguas “que se diriam de fogo” (At 2,3-4) e os enche de Sí. Este simbolismo do fogo é dos mais expressivos da ação do Espírito Santo.
A nuvem e a luz – na nuvem ora escura ora luminosa se revela a glória divina. Na Sagrada Escritura, em diversos momentos, encontramos a nuvem, revelando o Deus vivo e salvador: com Moisés: no Sinai, na Tenda de Reunião, no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do Templo, isto para citar no Antigo Testamento. No Novo Testamento, com a Virgem Maria quando a cobre com sua sombra para que ela conceba e dê à luz a Jesus. No monte da transfiguração envolve Elias, Moisés, Pedro, Tiago e João e da Nuvem sai uma voz que diz: “Este é meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre” (Lc 9,34-35). Com Jesus no dia da Ascensão a Nuvem o encobre da vista dos discípulos e também será ela que revelará o Filho do Homem em sua glória no Dia da sua Vinda.
O selo – é um símbolo próximo ao da unção (Cf. 2 Cor 1,22). O selo imprime o caráter na unção dos sacramentos do Batismo, Confirmação e Ordem que não podem ser repetidos.
A mão – a imposição das mãos pela qual é dado o Espírito Santo. Jesus impôs as mãos curando doentes e abençoando crianças. (Cf. Mc 6,5; 8,23; 10,16). Os apóstolos repetirão este gesto. Momentos antes da Consagração, na celebração eucarística, o celebrante impõe as mãos invocando a ação do Espírito Santo e nós nos ajoelhamos em sinal de adoração.
O dedo – “é pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios” (Lc 11,20). Fazendo um paralelo, podemos dizer que a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra “pelo dedo de Deus (Ex 31,18) e a “letra de Cristo” é escrita com o Espírito de Deus vivo em tábuas de carne, nos corações (2 Cor 3,3).
A pomba – ela aparece no Antigo Testamento quando Noé a solta e ela retorna com um ramo de oliveira no bico, mostrando que a terra estava novamente habitável após o dilúvio. No Novo Testamento temos a pomba que desce sobre Jesus logo após o seu Batismo, permanecendo sobre Ele. A iconografia cristã costuma representar o Espírito Santo como uma pomba.