Profissão de Fé – mar2017
A Vida Consagrada
A vida consagrada é um estado de vida reconhecido pela Igreja. Caracteriza-se pela profissão pública dos conselhos evangélicos de pobreza, de castidade e de obediência em um estado de vida permanente.
Conselhos evangélicos, vida consagrada
O estado de vida consagrada é uma da maneiras de conhecer uma consagração “mais íntima” e uma dedicação total a Deus. Na vida consagrada, sob a moção do Espírito Santo, os fiéis se propõem seguir a Cristo mais de perto. A doação a Deus está acima de tudo; assim colocam a perfeição da caridade a serviço do Reino, anunciando na Igreja a glória do mundo futuro.
Uma grande árvore de múltiplos ramos
Como numa árvore frondosa florescem as diversas modalidades da vida solitária ou comum para o proveito dos próprios membros e também para o bem de todo o Corpo de Cristo.
Desde os primeiros tempos da Igreja encontramos homens e mulheres que se propuseram, pela pratica dos conselhos evangélicos, seguir a Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, levando cada qual a seu modo, uma vida consagrada a Deus. Inspirados pelo Espírito Santo alguns viveram solitários, outros fundaram famílias religiosas que a autoridade da Igreja recebeu e aprovou. A aprovação de novas formas de vida consagrada é reservada à Sé Apostólica (CIC 605).
A vida eremítica
Os eremitas seguindo uma vocação peculiar a encontrar no deserto, precisamente no combate espiritual, a glória do Crucificado, vivem uma entrega total da intimidade pessoal com Cristo. Separam-se do mundo de uma maneira mais rígida, pelo silêncio da solidão e pela assídua oração e penitência, numa dedicação de sua vida ao louvor de Deus e a salvação do mundo. Nem sempre professam publicamente os três conselhos evangélicos.
As virgens e as viúvas consagradas
Desde os tempos apostólicos, chamadas pelo Senhor, virgens e viúvas decidiram, não antes de terem sido aprovadas pela Igreja, a viverem no estado de virgindade ou a castidade perpétua “por causa do Reino de Deus” (Mt 19,12).
Segundo o rito litúrgico aprovado, o Bispo diocesano consagra as virgens a Deus, que se tornam, misticamente, esposas de Cristo com uma dedicação ao serviço da Igreja. Muitas vezes as virgens se associam para guardar mais fielmente seus propósitos. Elas vivem no mundo (ou a monja) na oração, na penitência, no serviço a seus irmãos e no trabalho apostólico, conforme e estado e os carismas respectivos oferecidos a cada uma.
A vida religiosa
Tendo surgido no Oriente nos primeiros séculos, a vida religiosa se distingue das outras modalidades de vida consagrada pelo aspecto cultual, pela profissão pública dos conselhos evangélicos, pela vida fraterna levada em comum, pelo testemunho da união de Cristo com a Igreja.
Ela é vivida nos institutos canonicamente erigidos pela Igreja, fazendo parte do mistério da Igreja e é chamada a significar, com suas variadas formas, a própria caridade de Deus, em linguagem de nossa época. Todos os religiosos são cooperadores do Bispo diocesano em seu ministério pastoral.
Desde o início da evangelização, com a expansão missionária da Igreja a vida religiosa se fez presente, como grandes propagadoras da fé, formando novas Igrejas, desde as antigas instituições monásticas e as ordens medievais até as congregações modernas.
(Continua na próxima edição).
Jane do Tércio