Profissão de fé – Abr2017
Os institutos seculares
Lemos no CIC 710: “instituto secular é um instituto de vida consagrada, no qual os fiéis, vivendo no mundo, aspiram à perfeição da caridade, e se dedicam a procurar a santificação do mundo, sobretudo a partir de dentro dele”. Assemelha-se, pois a um instituto religioso em que seus membros vivem consagrados a Deus e ao apostolado, e se diferenciam no fato de o realizarem sem a separação do mundo que têm os membros de congregações religiosas.
Os membros desses institutos participam da tarefa de evangelização da Igreja, “no mundo e a partir do mundo” (Cf. CIC 713), onde sua presença age “a guisa de fermento” (Perfectae caritatis PC 11). Seu “testemunho de vida cristã” visa “organizar as coisas temporais de acordo com Deus e impregnar o mundo com a força do Evangelho”. Eles assumem por vínculos sagrados os conselhos evangélicos e mantêm entre si a comunhão e a fraternidade próprias de seu “modo de vida secular” (Cf. CIC 713).
As sociedades de vida apostólica
Nas sociedades de vida apostólica, seus membros, sem os votos religiosos, buscam a finalidade apostólica própria de sua sociedade e, levando vida fraterna em comum, segundo o próprio modo de vida, tendem à perfeição da caridade pela observação das constituições. Em algumas constituições seus membros assumem os conselhos evangélicos.
Consagração e missão: anunciar o Rei que vem
Os que professam os conselhos evangélicos têm como primeira missão viver sua consagração. Dedicam-se ao serviço da Igreja e têm obrigação de se entregar, de maneira especial, à ação missionária no mundo no modo próprio de seu instituto (Cf. CIC 783).
Na Igreja a vida consagrada aparece como um sinal peculiar do mistério da redenção. Seguir e imitar a Cristo “mais de perto”, manifestar “mais claramente’ seu aniquilamento é estar “mais profundamente” presente a seus contemporâneos, no coração de Cristo”. Com isto estimulam pelo exemplo, testemunhando a esperança do Reino celeste. Mostrando que o mundo não pode ser transfigurado e oferecido a Deus sem o espírito das bem aventuranças (Cf. LG 31). Seja este testemunho público, como no estado religioso, ou mais discreto, ou até secreto, o advento de Cristo permanece para todos os consagrados a origem e a orientação de sua vida.
Terminamos citando, mais uma vez a Lumen Gentium: “Como o povo de Deus não possui aqui na terra morada permanente, o estado religioso manifesta já aqui neste mundo a todos os crentes a presença dos bens celestes, dá testemunho da vida nova e eterna adquirida pela redenção de Cristo, prenuncia a ressurreição futura e a glória do Reino celeste” (LG 44).
Jane do Tércio