Os Mistérios da Vida Pública de Jesus – Jesus Cristo foi Sepultado
Jesus foi enviado pelo Pai com um projeto de salvação. Como a morte tinha entrado no mundo pela ação do demônio através da desobediência de Adão e Eva, esse projeto de salvação divina incluía a morte, pois assim passando por ela, de acordo com a natureza humana, Jesus conheceu o estado de morte: sua alma se separou de seu corpo, não foi uma morte aparente, mas real.
Os acontecimentos entre a morte na cruz e a ressurreição é o que veremos a seguir:
Cristo com seu corpo na sepultura
Embora Ele passasse pela morte, não passou pela decomposição da natureza. Diz S. Gregório de Nissa: “Deus (O Filho) não impediu a morte de separar a alma do corpo, segundo a ordem necessária à natureza, mas os reuniu novamente um ao outro pela Ressurreição, a fim de ser ele mesmo em sua pessoa o ponto de encontro da morte e da vida, sustando nele a decomposição da natureza, produzida pela morte, e tornando-se ele mesmo princípio de reunião para as partes separadas”.
“Não deixarás teu santo ver a corrupção” Sl 16,10; At 2,27.
A Morte de Cristo foi uma Morte verdadeira enquanto pôs fim à sua existência humana terrestre. Como em Cristo há duas naturezas e uma só Pessoa: a natureza humana dele passou pela morte: separação da alma e do corpo. Mas como sua Pessoa Divina é uma só, logicamente o seu corpo morto “não viu a corrupção” (At 12,37) e, portanto “não era possível que a morte o retivesse em seu poder” (At 2,24) e porque “a virtude divina preservou o corpo de Cristo da corrupção”.
Naquela época pensava-se que a corrupção do corpo seria a partir do quarto dia do falecimento. Podemos comprovar isto no episódio da ressurreição de Lázaro, quando sua irmã, Marta diz que já cheira mal, é o quarto dia. (Jo 11,39). Jesus ressuscitou no terceiro dia…
“Sepultados com Cristo…” No sacramento do Batismo o significado da imersão é a descida ao túmulo do cristão que morre para o pecado com Cristo em vista de uma vida nova.