Os Mistérios da Vida Pública de Jesus – Deus tem a iniciativa do amor redentor universal
Deus nos amou primeiro e nos enviou seu Filho, manifestando o seu amor benevolente. S. Paulo vai afirmar em Rm 5,8 “Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores”.
Este grande amor não exclui ninguém: “Assim, a vontade de vosso Pai que está nos Céus é que não se perca nenhum só destes pequeninos” (Mt 18,14). A Igreja ensina que Cristo morre por todos os homens sem exceção. O Concílio de Quiercy em 853 afirma: “Não há, não houve e não haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido”.
Cristo ofereceu-se a seu Pai por nossos pecados
Toda a vida de Cristo é oferenda ao Pai
Jesus tem pleno conhecimento que Ele desceu do Céu não para fazer a sua vontade, mas a do Pai que o enviou: “porque desci de Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou”. (Jo 6,38). “Santo Agostinho comentando esse versículo, exalta o valor da humildade de Jesus, modelo perfeito da humildade do cristão, ao não querer fazer a Sua vontade, mas a do Pai que o enviou”. Em Jo 14,31 temos: “ mas é para que o mundo saiba que amo o Pai, que faço como o Pai Me mandou.”
Sua Paixão redentora é a razão de ser da sua Encarnação. Embora chegue a pedir ao Pai que o salve desta hora, Ele sabe que foi precisamente para esta hora que Ele veio. Diante da evocação da morte que O espera, Jesus Cristo perturba-se e dirige-Se ao Pai com uma oração muito parecida à de Getsemani (Cf Mt 26,39; Mc 14,36; Lc 22,42). Deste modo o Senhor, enquanto homem busca filialmente apoio no amor e no poder de Seu Pai Deus, para Se fortalecer e ser fiel à Sua missão. É uma consolação para nós, tantas vezes débeis no momento difícil da provação; então, como Jesus, devemos apoiar-nos na força de Deus, “porque Tu és a minha fortaleza e o meu refúgio” (Sl 31,4).
Continua no próximo número