O Natal do Menino Jesus – Brilhou no céu uma luz
“E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exercito celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens objetos da sua benevolência” (Lc 2, 13-14).
Contemplar essa cena que nos é narrada por S. Lucas, nos leva a sonhar acordado. Imagina o que sentiram aqueles que vivenciaram esse momento: um exército celestial louvando a Deus! Indescritível!
Mas quem eram aqueles homens a quem, segundo Lucas, foi anunciado em primeiro lugar o nascimento do Salvador? A quem é anunciado o nascimento do Salvador, nos dias de hoje?
Com esse questionamento, encontramos no livro de Álvaro Barreiro (Ed. Loyola), “Assumiu a nossa carne e acampou entre nós”, uma linguagem simples, que demonstra o amor de Deus derramado, naquele provável 25 de dezembro, na face da terra, em favor de todos nós.
Hoje nós somos os destinatários da Boa Nova
A cena da mensagem dos anjos aos pastores ocupa o centro do relato e revela o seu significado teológico. Os pastores são descritos como homens fiéis, que guardam seus rebanhos durante a noite nos arredores de Belém, e como homens de coração aberto para acolher a paz e a salvação que vêm de Deus. A fama que tinham os pastores naquela época era, porém, péssima. Uma máxima de então expressa-a nestes termos: “Não deixes que teu filho apascente jumentos, nem seja condutor de camelos, nem mascate, nem pastor, porque são ofícios de ladrões”. Por causa dessa fama, os pastores não eram aceitos como testemunhas válidas nos juízos. Os fariseus recomendavam não comprar lã nem leite deles, por supor que esses produtos haviam sido roubados. Os pastores eram também desprezados pelos rabinos porque sua profissão não lhes permitia frequentar as sinagogas nem observar as prescrições da Lei.
Pois foram justamente os pastores os escolhidos por Deus para serem os primeiros destinatários do anúncio do Evangelho e as primeiras testemunhas do nascimento do Messias. A opção preferencial pelos pobres e pelos pecadores, antes de ser proclamada por Jesus com palavras e ações, ocupa um lugar central nos relatos evangélicos de sua infância.
Mas Detenhamo-nos na contemplação da cena em que os anjos anunciam aos pastores a Boa Nova da salvação e reflitamos sobre ela. A luz da glória de Deus que brilhou e foi cantada na noite do nascimento de Jesus, deve ser vista, ouvida e acolhida por todos os povos. A santidade, o esplendor e o poder de Jesus, nosso Salvador, devem iluminar, santificar e salvar todos os homens, fazendo-os participantes de sua vida.
As profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, as esperanças acalentadas pelo povo de Israel durante mais de mil anos, começam a realizar-se com o nascimento de Jesus.
O “hoje” vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor – v.11, é sempre atual e deve ser sempre atualizado.
Hoje, nos é dado e anunciado novamente por Deus, a cada um de nós, um Salvador. Jesus!
Glória a Deus nas alturas! Feliz Natal!