Natal – Tempo de Paz e Amor
No mês de dezembro, celebramos a solenidade do Natal. Colocamo-nos em um clima de festa, alegria, luzes coloridas. Preparamo-nos para dar e receber presentes. Natal, antes de tudo, é a comemoração do nascimento de Jesus e por causa d’Ele que temos essa festa tão significativa.
A festa já é celebrada em Roma no ano 336 d.C. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania. A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.C.
Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. Nessa data era celebrada uma festa pagã chamada de “natalis solis invictus” o Sol Invicto, que ocorria no período do solstício de Inverno. A Igreja, para substituir as festas pagãs em homenagem ao astro rei, no convida a celebra o nascimento do verdadeiro sol que ilumina a todos, Jesus Cristo. No século XII, foi introduzido por S. Francisco de Assis o costume de encenar o nascimento de Jesus no Natal. Com o passar do tempo a encenação foi sendo substituída pelo presépio que são armados nas igrejas e nas casas. Outro elemento foi incorporado a essa celebração: o pinheiro, árvore que resisti ao inverno mais intenso, símbolo de vida em plenitude.
É no Natal, que relembramos o mistério da encarnação, o Filho de Deus se fez, que “(…) aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo por solidariedade aos homens” (Fl 2,7). Jesus assume a natureza humana, encarnando-se no ventre de Maria. Para João Duns Scotus, a encarnação é um acontecimento que faz parte do plano de amor do Pai. O verbo se encarna para demostrar o profundo amor salvífico de Deus pela humanidade e para conduzir a criação toda à sua plenitude. Ele doa-se incondicionalmente e gratuitamente a todos nós.
Convido a todos nesse natal a olharmos para o Filho encarnado e vemos n’Ele um modelo para o nosso viver e o nosso agir segundo a vontade de Deus. Permitamos que a luz de Jesus encha os nossos corações a tal ponto que possamos enfim dizer que “Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
“Deus tornou-se visível sobre a terra e conversou com os homens” S. João Damasceno