Loretando – A Copa do Mundo é Nossa
Bem amigos do Loreto, assumi o compromisso de neste mês falar sobre futebol e é claro, sobre a Copa do Mundo e para melhorar estou escrevendo exatamente na véspera do primeiro jogo do Brasil, então, não faço a menor ideia do que aconteceu e muito menos do vai acontecer, pois os senhores estarão recebendo nossa revista exatamente no meio do torneio, então pouco há para se falar sobre o que está acontecendo, mas o caminho é amplo para se falar sobre o que aconteceu antes. Não vou tornar este, um momento político, mas me atenho a um post que recebi agora de uma pessoa falando que todos deveriam vaiar a presidente quando ela estiver no jogo de abertura da copa. Isso reflete um pouco o nosso complexo tupiniquim de não apenas sermos desprovidos de boa educação, mas de fazermos questão de que o mundo todo saiba disso. Vale lembrar que educação vem de berço, cultura vem de escolas e isso nossos sofridos professores lutam arduamente para dar aos seus alunos neste governo e em todos os anteriores. Não é este o caminho.
Meu sonho de infância era ver uma copa do mundo em meu país, minha geração cresceu pensando nisso e a geração atual recebeu de presente. A minha geração assistiu pela primeira vez uma copa pela TV em 1970 e em preto e branco, eram poucas as informações que tínhamos e então os jogos e a torcida se resumia a pequenos grupos em volta de um televisor, que poucos tinham na época, mas o que não faltava era animação. Explodiam aqui e ali torneios em campinhos de várzea, os chamados rala-coco onde sempre tinha um time canarinho, eu joguei num time desse, era o time da vila Levi Miranda da Três Rios, o time dos irmãos Pimentel Matheus meus grandes amigos até hoje. Aqui no Loreto tinha um desses campinhos, o monumental campo no barranco onde hoje é o Cepar. Era coisa de louco, não havia chuteira, tênis ou kitchut que resistisse ao terreno inclinado, cheio de ondulações, valas feitas pela chuva e partes gramadas, com capim ou totalmente careca. Era fatal qualquer queda, não apenas pelo tombo e arranhões, mas principalmente pelo remédio usado na época: mertiolate – ardia mais que notícia ruim. Na paróquia tínhamos os times da Liga Católica onde jogava o Rui, o time da Comunijovem com Beto macarrão, Cezinha, Robson e tantos outros craques de bola. Da Crisma, Cruzada e até os padres batiam bola neste campinho. O Loreto também catequisa pelo esporte. Nesta Copa 2014 inovamos, a Pascom colocou um telão no salão Zaccarias e convidou a todos para o futebol da Paz, boa iniciativa e ótima ideia, reunidos em Cristo torcendo para o Brasil. Nossa comunidade é assim, rica e charmosa onde o importante é estarmos juntos e o que não falta são motivos para isso. Essa geração merece ver essa copa e sentir orgulho disso, é aqui, na nossa casa, vamos fazer como na JMJ, vamos receber os torcedores de outros países com carinho e educação. Nada disso nos fará esquecer nossos graves problemas sociais, não fará esquecer dos políticos inescrupulosos que desviaram verbas, subfaturaram obras e não honraram os votos que receberam, mas para esses nós temos uma arma super poderosa que será usada nas eleições de outubro, neste dia poderemos colocar na urna toda a nossa revolta, toda a nossa decepção e tirar do poder quem não presta e apostar em quem acreditamos ser competente e honesto para reerguer socialmente este país, para nos trazer de volta aquele sentimento maravilhoso de dever comprido e que nossas mazelas serão curadas. Se temos competência para montar um evento deste porte com padrão Fifa, temos então competência e principalmente grana para aplicar corretamente na educação, saúde, habitação e transporte público. Não podemos depositar todas essas indecências na conta do presidente da república, quem verdadeiramente manda no país, quem elabora leis, quem administra o orçamento, etc é o congresso nacional. São os deputados e senadores que definem os caminhos do país e se eles não são honestos e competentes, devemos substituí-los. Se não cobram do presidente e não usam suas bancadas para impedir seus desmandos, devemos substitui-los. Pensem bem antes de reclamar do governo, pois fomos nós eleitores que os colocamos no poder. Pensem bem em quem vão votar, não esperem milagres, exijam competência. Depois não adianta chorar, pois serão mais quatro anos de tormento ou de alegrias, tudo depende do nosso voto. Por agora vamos torcer pelo Brasil, vamos vibrar e ser felizes sem tirar os pés do chão. É tudo o que queremos neste momento; ver o Brasil campeão do mundo. Depois, nos aguardem.
P.S. “180 milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração”.
P.S. do P.S. São outros tantos milhões em ação nas próximas eleições.