Família, vocação do amor!
Nesse mês de agosto a Igreja nos convida a meditar sobre as vocações. Cada domingo do mês é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, celebra-se o sacerdócio e os ministérios ordenados; no segundo, o matrimônio junto à semana da Família; no terceiro, a vida consagrada, e por fim, no quarto, a vocação dos Leigos.
Todo batizado deve encontrar o caminho de serviço para melhor seguir sua vocação, seja como consagrado, como leigo engajado ou assumindo o compromisso do matrimônio. Diante disso, os convido a meditar sobre a vocação familiar.
Devemos entender a família como o lugar onde se desenvolve o ser humano, já que é dentro dela que esse irá estabelecer os seus relacionamentos mais significativos e especiais. A família é tão importante que já no livro do Genesis encontramos menção a ela em um dos relatos da criação: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e os dois já não serão mais duas, mas uma só carne” (Gn 2,24). Dessa união irá nascer a vocação ao amor, pois se formos criados a imagem e semelhança Daquele que é amor, então o amor mútuo se torna a imagem do amor absoluto e indestrutível de Deus (cf. CIC 1604). A partir dessa união temos a caracterização do início de uma nova família. O documento Gaudium et Spes nos lembra que “a salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar” (GS, n.47).
A família é o verdadeiro celeiro das vocações. Ela é o lugar onde deve ser cultivada a fé, é dentro dessa vivencia que os pais são para os filhos os primeiros mestres da fé, construindo assim a “igreja doméstica”. É dentro dessa igreja que seremos introduzidos no caminho da fé, pois os pais são os primeiros catequistas de seus filhos e são eles que devem dar as melhores e mais importantes lições. Por isso ninguém deve ser privado da família. Ela é dom de Deus que deve ser cultivada como lugar para uma convivência saudável do ser humano
“Quando falamos de vocação ou de cultura vocacional, quase sempre temos em mente os ministérios ordenados ou a vida consagrada. Na verdade, trata-se de uma compreensão muito mais ampla da questão. Quanto é necessário, por exemplo, que nas diversas dimensões da vida social haja pessoas leigas, comprometidas com a fé, dispostas a cooperar em construir um mundo um pouco melhor para as futuras gerações” Dom Jaime Spengler – Entrevista a CNBB.
“Que a família comece e termine sabendo onde vai, que o homem carregue nos ombros a graça de um pai; que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor e que os filhos conheçam a força que brota do amor” (Pe. Zezinho)
CIC = Catecismo da Igreja Católica
GS = Gaudium et Spes
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