Falando Francamente – Carta de Jesus
Estimados irmãos leitores, realmente este ano assim como os demais, passou rapidamente e já estamos vivendo o tempo litúrgico do advento, e com ele a euforia e as alegrias que este tempo representa. Mas, se fizermos um exame de consciência e analisarmos com a devida seriedade o que este tempo representa na nossa vida de Cristãos católicos, chegaremos à conclusão que está tudo errado. Imaginemos, pois, que Jesus nos remetesse uma carta bastante significativa, cujo texto certamente seria:
“Aproxima-se o dia do meu aniversário, e como sempre, intensos preparativos acontecem. É incrível a criatividade das pessoas que colocam acima de tudo, os presentes e os comes e bebes. Residências e casas comerciais são enfeitadas com flores e arranjos coloridos sem nenhum presépio, sem que ninguém se lembre de que eu é que seria o grande homenageado. Há troca de presentes numa brincadeira que inventaram chamada AMIGO OCULTO. Enquanto isso, o grande oculto sou eu. Todos ganham presentes menos eu, que sou o aniversariante. Logicamente, o melhor presente que me poderiam dar, seria pelo menos uma oração, mas… a euforia, a alegria e o entusiasmo pelas festas, incentivam as pessoas a me esquecerem. Houve um ano, que mesmo sem ser convidado, entrei numa residência onde havia uma grande festa, muita comida e bebida a vontade, fiquei observando os acontecimentos. Claro, havia música e danças. Lá para as tantas algumas pessoas já davam sinais de embriaguês. De repente, entra na sala um sujeito vestido de vermelho com barba e bigodes brancos postiços, carregando um grande saco cheio de presentes, e todos gritavam: Viva o Papai Noel! Viva o Papai Noel! Pois bem, ele sentou-se num lugar destacado e imediatamente foi cercado pelas crianças, e começou a distribuir presentes e contar a história da sua vida, dizendo que viajava sempre num trenó puxado por Renas voadoras, e que visitava todas as crianças, levando presentes. Ora, seria uma boa oportunidade para falar em mim, no meu nascimento e na minha história, em vez de falar mentiras. Mas, prezados irmãos, tenho fé e esperança que surja muito breve a mudança disso tudo, e que a humanidade se lembre de mim e das minhas obras. Não sou contra que cada um comemore meu aniversário a seu modo. Mas gostaria muito de ser lembrado… Sinceramente, não entendo que haja uma noite feliz sem a minha presença. Rezemos para que a humanidade não dê tanto valor às coisas materiais ao festejarem meu nascimento, e que procurem através da caridade, aproveitar a data para visitarem asilos, orfanatos, hospitais, Levando carinho e atenção àqueles que sofrem. Tenham todos um Feliz Natal e se possível, lembrem-se do meu aniversário.”
Na certeza de que esta carta poderia ser realidade, que possamos refletir e admitir que o presépio é muito mais importante do que uma Árvore de Natal, e que nossas orações são e serão sempre verdadeiros presentes para Jesus, na noite do seu aniversário.
Louvores e Glórias a Deus
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