Falando Francamente 2
A DIFICIL ARTE DE COORDENAR
Queridos irmãos leitores, antes de enfocar o título acima, com muita alegria comento palavras da nossa comunidade, no que se refere à transformação do nosso O MENSAGEIRO, antes um jornal tipo tablóide, hoje uma revista com excelente apresentação, tendo a foto dos articulistas sem retoque, claro que uns ficaram mais bonitos do que os outros, como no caso do nosso ilustre deputado paroquiano Robson Leite, com sua jovialidade em potencial e sua pinta de galã de novela. Vários leitores nos procuraram, dizendo que, agora sim, dá gosto ler O MENSAGEIRO. Claro que discordamos desta opinião, pois foi modernizada a apresentação, mas o conteúdo é o mesmo. Parabéns à comissão responsável pelas modificações do nosso jornal. Deus queira que aumente a quantidade de leitores e que não haja encalhe dos exemplares. Mas, vamos ao que interessa. Sabemos que os trabalhos da nossa Igreja no âmbito das pastorais e dos movimentos tais como ECC, EAC EJC, entre outros, funcionam graças ao trabalho de seus coordenadores, casais ou não. Desde 1987, quando participamos do 15º ECC, convivemos com inúmeros coordenadores, com eles aprendemos que coordenar não é gerenciar nem chefiar. O próprio nome já diz COORDENAR, ou seja: ordenar com alguem ou alguns. É o caso do co-piloto, co-celebrante da santa Missa, e por aí vai. Graças a Deus, tivemos sempre excelentes coordenadores, inclusive quando coordenamos a pastoral familiar do Vicariato Suburbano, com seus coordenadores regionais e paroquiais. O trabalho do coordenador e/ou coordenadora nos trabalhos da Igreja deve ser pautado com disciplina, respeito aos coordenados, simplicidade e espiritualidade, Nada deve ser exigido e sim solicitado, nas reuniões, expressões como EU QUERO, EU EXIJO, NÃO QUERO, NÃO ADMITO etc… devem ser substituídas no modo condicional: EU GOSTARIA, EU PEDIRIA. Ora não podemos nem devemos adotar na Igreja, os mesmos procedimentos adotados com nossos subordinados nos ambientes de trabalho. Na Igreja temos o recurso da CORREÇÃO FRATERNA, enquanto lá fora acontece a ADVERTÊNCIA e/ou PUNIÇÃO. Recordamos um fato marcante, ocorrido na Pastoral da Ação Social, com um irmão, que graças a Deus está conosco e sua esposa é MECE. Logo que participaram do ECC, ele resolveu ser agente da referida pastoral, onde existe muito trabalho braçal, principalmente quando realizam o almoço mensal. Pois bem, o coordenador dirigiu-se a este irmão dizendo: “Negão, vá lá embaixo e traga pra cá aquelas caixas de refrigerantes, rápido !” Ora, nosso irmão novato, se espantou, pensou duas vezes para não responder mal e cumpriu a ordem. Claro que saiu da pastoral e felizmente não saiu da Igreja. Lamentavelmente, atitudes como estas não devem existir. Afinal, tudo na Igreja é doação, inclusive o trabalho voluntário dos agentes de pastoral. É necessário que o coordenador dê os melhores exemplos de assiduidade e pontualidade, que saiba ouvir seus coordenados, que podem ter excelentes sugestões que visam a melhoria e o aprimoramento dos trabalhos. O coordenador é o representante do pároco. E como tal, deve agir com paciência e carinho sem autoritarismo e prepotência. Nas reuniões, é indispensável que haja a escuta da palavra e as respectivas orações. Todos devem falar e serem ouvidos com atenção. Em suma, é preciso saber exercer a DIFICIL ARTE DE COODENAR .
Louvores e Glórias a Deus
Zamoura (Da Diva) 15º E.C.C