Espaço teológico – Jan 2019
Festas da Epifania
O mês de dezembro terminou e nele celebramos o Natal, festa que nos proporciona momentos de paz e de união entre as famílias. Nesta data tão singular celebramos muito mais do que o aniversário de Jesus, celebramos a Encarnação do Verbo “O verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo1,14). É a pura humildade de Deus e pura gratuidade do amor divino por cada um de nós.
Você deve nesse momento está se perguntando: já estamos em janeiro, iniciamos um novo ano e ela ainda está falando sobre o Natal?
Sim, estamos falando sobre o Natal, mais precisamente, as celebrações que correspondem as celebrações da manifestação do Senhor. Resolvi falar um pouco sobre elas. Muitas pessoas conservam a cultura de ‘desmontar’ o presépio e a árvore, que são símbolos natalinos, na festa da Epifania dia 06 de janeiro, por concluírem que se encerrou o período do Natal, porém ele só se encerra no domingo seguinte, quando celebramos as manifestações, também conhecida como festas da epifania, da vida de Cristo que por muitas vezes passa por despercebido.
Quais são, então, essas festas da epifania, que fazem parte desse tempo de Natal?
Antes de prosseguirmos temos que entender o que é epifania. Epifania significa aparição ou manifestação divina que nos faz compreender a essência das coisas, em nosso contexto, as festas da epifania são as celebrações que nos lembram a manifestação do Senhor que ocorreram no início da vida de Jesus. Elas são três, o Natal, a Epifania do Senhor e o Batismo.
A primeira festa da Epifania é a Solenidade do Natal que acontece no dia 25 de dezembro, em que celebramos a encarnação do Verbo, onde Deus se manifesta na carne[1]. A segunda é a Solenidade da Epifania do Senhor, no dia 06 de janeiro, conhecida também como a festas dos reis magos, nessa festa percebemos Deus se manifestando como Salvador de toda humanidade, incluído assim os pagãos que são representados pelos reis magos.[2] Para finalizar vamos celebrar a Festa do Batismo do Senhor, ocorre no domingo após a Epifania, onde pelo Batismo o Pai se manifesta proclamando que Cristo é verdadeiramente seu Filho bem-amado. Nela somos convidados a celebrar e renovar nosso batismo.
Essas festas nos fazem vivenciar os mistérios do amor de Deus por nós. Que elas possam iluminar a nossa vida e que possamos ter cada vez mais interesse pela nossa rica Liturgia.
“Deus se fez homem para que o homem se torne deus” (Sto Agostinho, De doctrina christiana).
“Deveis ser, como luz no mundo, uma força vital para os outros homens; permanecendo como luzes perfeitas diante da grande luz, sereis inundados pelo esplendor dessa luz que está no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade” (Dos Sermões de São Gregório Nazianzeno, Bispo).
[1] Para entender um pouco mais sobre essa solenidade leia o artigo da revista O Mensageiro de dezembro de 2016.
[2] Para entender um pouco mais sobre essa solenidade leia o artigo da revista O Mensageiro de janeiro de 2017.
Michele Amaral – Bacharel em Teologia – PUC-Rio