Espaço Teológico – Fev2019
O Tempo Comum
Estamos vivendo, na Igreja, o período do Ano Litúrgico que chamamos de Tempo Comum. Apesar de seu nome, é de extrema importância para nós e não deve ser menosprezado em detrimento dos Ciclo do Natal e da Páscoa, pois celebramos não apenas um aspecto de nossa fé, mas todo o mistério da Revelação e Encarnação de Deus, em sua plenitude.
O Tempo comum, é o período do tempo litúrgico mais logo, contendo entre 33 a 34 semanas. Essas semanas se dividem em dois momentos: entre o ciclo do Natal e o ciclo da Páscoa. O primeiro momento inicia na segunda após a celebração do Batismo de Jesus e o termina na terça que antecede a Quarta de Cinzas. O segundo momento inicia na segunda depois do Domingo de Pentecostes encerrando no sábado que precede o primeiro Domingo de Advento.
Durante a sua vivência é incorporado o culto a Nossa Senhora, dos Santos e Mártires nos enriquecendo. Não podemos esquecer que toda ação litúrgica deve ter como centro a Santíssima Trindade. A inclusão dessas festas tem como intuito nos lembrar as maravilhas que Deus fez através dos Santos e de Maria.
No tempo comum, somos convidados a vivenciar o mistério de Cristo em sua globalidade. Isso quer dizer que não devemos celebrar e partilhar o que aprendemos no ciclo do natal, por exemplo, somente nele, mas devemos dar continuidade no Tempo Comum, como o Ciclo da Páscoa que iluminará todo a vida cristã ao longo do ano, significa que a vida de Cristo, com a salvação que traz e torna presente, acompanha a vivencia cristã de todo o ano litúrgico. Nele amadurecemos a vivência da fé, que cresce, nos fortalece e amadurece os frutos de boas obras nos preparando para a vinda do Senhor.
“O Tempo Comum nos leva a valorizar o tempo que Deus nos concede. (…) nos convida a entrar no mistério das grandes e das pequenas coisas”. (Cardeal Orani João Tempesta)
Michele Amaral – Bacharel em Teologia – PUC-Rio