Editorial – Jan2018
Querido paroquiano, prezado leitor.
Feliz e abençoado Ano Novo! Com estes votos quero marcar o início de mais um ano a ser vivido como o tempo do Senhor. Será oportunidade para sentir sempre a presença do Deus salvador que recebemos no Natal. É tão importante que essa presença não seja experimentada somente nas festas do fim do ano. Os grandes apelos do dia mundial da Paz, contidas na Mensagem do Papa Francisco, devem nortear o agir dos fiéis para que haja paz no mundo. O que impressiona é o número dos migrantes, foco da mensagem deste ano. No mundo são mais de 250 milhões os migrantes e, dentre eles 22,5 milhões os refugiados. E estão em todos os lugares da terra, procurando um lugar para viver em paz. “Estamos cientes de que não basta abrir os corações para o sofrimento deles. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz.” E o Papa deixa quatro marcos para a ação: acolher, proteger, promover e integrar os refugiados e migrantes. Dessa forma, o Papa se une aos Pactos Globais a serem aprovados pelas Nações Unidas para a implementação desses quatro verbos nas políticas públicas e também na conduta e ação das comunidades cristãs.
Dia primeiro de janeiro é o dia escolhido pelo calendário litúrgico para celebrar Nossa Senhora com o seu título mais significativo: Mãe de Deus. Esta solenidade surgiu na Liturgia depois do Concílio Vaticano II, mas este título foi proclamado como verdade de fé pelo Concílio de Éfeso em 431. Nosso Santuário celebra assim mais uma data mariana, a do mais importante título de Nossa Senhora.
Os Bispos do Brasil proclamaram 2018 o “Ano do Laicato”. Conforme o documento Lumen Gentium do Vaticano II, o lugar do leigo é o mundo, em todas as profissões e trabalhos, na vida familiar e social, na trama de sua existência. Explica o papa Paulo VI: “Sua tarefa é (…) o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos ‘mass media’ e, ainda outras realidades abertas à Evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento.” (Evangelii Nuntiandi, 70) Enorme trabalho, mas que é confiado aos leigos, a imensa maioria do povo de Deus.
Nesse dia 6 de janeiro lembramos agradecidos a chegada, em 1921, dos Barnabitas à nossa paróquia. Nesses 97 anos queremos agradecer a Deus pelo trabalho, dedicação e testemunho de tantos padres e irmãos barnabitas.
Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós.
P. Sebastião Noronha Cintra, pároco.