Dia dos Fiéis Defuntos – Celebração da Esperança
No dia 02 de novembro comemoramos o dia de todos os Fiéis Defuntos. No primeiro século, os cristãos já possuíam o hábito de visitarem as catacumbas para rezarem pelos que foram martirizados e também pelos que não haviam passado pelo martírio. Entre os séculos IV e V já encontramos nas celebrações orações dedicadas à Memória dos Fiéis defuntos. No século V a Igreja introduziu no calendário litúrgico um dia dedicado para orações por todos os defuntos, mas somente no século XIII que se propõem um dia específico. Como no dia 01 de novembro celebramos o dia de Todos os Santos, a data determinada foi, então, 02 de novembro.
Observem que para a Igreja celebramos o dia dos Fiéis Defuntos e não Finados como está no calendário civil. Poderíamos dizer que é a mesma coisa, mas se olharmos o significado das palavras percebemos que elas possuem conotação diferente. A palavra finado significa “aquele que teve seu fim”, enquanto a palavra defunto, (origem do latim defungor), para os cristãos define uma “pessoa morta que cumpriu toda a sua missão de viver”. Por isso dizemos que defunto “é aquele que cumpriu inteiramente uma missão”.
Nesse dia temos a oportunidade de orarmos por todos os fiéis que buscam “a plenitude da vida” diante de Deus, mostrando que existe uma única Igreja: peregrina, purgativa e triunfante que celebra o mistério pascal. Nesse momento pode vir a dúvida: quanto tempo se dá a purificação? Quanto tempo passaremos no purgatório? Ora não podemos determinar um tempo, pois isso tudo ocorre no tempo de Deus, onde o nosso conceito de temporalidade não consegue alcançar.
Devemos lembrar também, que não é somente nesse dia que na celebração eucarística rezamos por aqueles que partiram, mas em todas as orações Eucarísticas é dedicado um trecho lembrando “dos filhos e filhas que partiram desta vida, marcados com sinal da fé. A eles e a todos os que adormecem no Cristo concedei a felicidade, a luz e a paz”.
Aqui celebramos o amor, pois quem ama cuida das necessidades dos outros e nós somos convidados pela Igreja a esse cuidado, orando para que esses possam viver em comunhão intima com Deus. Devemos testemunhar a nossa fé na ressurreição, e não vivenciar a tristeza e o luto neste dia, mas sim a esperança e a certeza de que a morte não tem a última palavra.