Coluna Jovem – outubro 2017
Ocorreu, entre os dias 15 a 17 e 21 a 24 de setembro, a sétima edição do maior festival de música do mundo: o Rock in Rio. Já confirmado para o ano de 2019, o evento, criado pelo empresário Roberto Medina, apresentou, este ano, representativas melhorias em relação às edições anteriores. O mérito se dá pelo aumento da estrutura, agora localizada no Parque Olímpico da Barra, legado das Olimpíadas Rio 2016 e a diminuição da capacidade de público, ofertando, em tese, maior espaço e conforto. A organização do festival não poupou esforços para deixar o local extremamente bem organizado e com uma infraestrutura impecável.
Este ano, o gramado foi substituído pela grama sintética, acabando com a lama formada pelas chuvas das edições anteriores, principal reclamação do público. A alimentação, apesar de salgada (no sentido financeiro rs), estava em abundância e variadas opções. O banheiro, em um âmbito geral, não dispôs de quilométricas filas e estava assustadoramente limpo.
As desavenças ocorreram sim, como em todo grande evento. De forma retraída e isolada, problemas foram notados e relatados pelos usuários, como falhas no Rock in Rio Club, água quente pela baixa vazão dos bebedouros, falta de ambulantes no centrão do Palco Mundo nas horas das apresentações e o maior e mais notado problema: segurança precária. Diversos casos contados mostram a falta de responsabilidade da maior parte dos seguranças no ato da revista da mochila e da inspeção corporal, onde eles, na maioria das vezes, não realizavam as ações de fiscalização e o acesso era praticamente liberado.
Histórias a parte, o primeiro final de semana foi repleto de figuras e astros do pop. Por problemas de saúde, a cantora Lady Gaga, esperada no dia 15, não pôde comparecer, sendo substituída pelos membros da banda californiana, Maroon 5. A direção do evento informou que a escolha do substituto se deu pela alta demanda por parte dos fãs da banda, que faziam de tudo para conseguir ingresso para o dia 16, dia o qual a banda também já estava confirmada como atração e dia onde, pela primeira vez, tivemos a presença do jovem canadense Shawn Mendes em solo brasileiro; a cantora Fergie, integrante da extinta banda The Black Eyed Peas, também não ficou de fora, com direito a participação especial de Pabllo Vittar. O primeiro final de semana encerrou dia 17 com a presença marcante de Alicia Keys, cantando hits como “Girl on Fire” e “No one” e do eterno príncipe do pop, Justin Timberlake, com seus sucessos marcando as duas décadas do ano 2000.
O tão esperado rock n’ roll ficou para o segundo final de semana, com shows de Aerosmith, Bon Jovi, Guns n’ Roses e Red Hot Chilli Peppers, que dispensam comentários. Ainda teve Axl Rose abusando de todas as horas extras e, para a alegria do público, realizou um show de quase 4 horas de duração.
A decepção, no entanto, foi cantada em coro pela falta de presença de bandas de metal, como Slipknot, System of a Down e Metallica nesta edição.
E nos 7 dias de evento, a música varou a noite, com a presença de Djs renomados no mundo da eletrônica.
No mais, além dos esperados shows, a diversão ficou garantida com os brinquedos roda gigante, montanha russa, megadrop e a famigerada tirolesa. A Cidade do Rock também levou para o público, feira de videogames com o maior telão do mundo, a Game XP, a África na Rock District e demais artistas na calçada e parede da fama.
Os palcos do Itaú e da Coca-Cola e os stands da Sky e Heinken também levaram entretenimento com mais atracões e brindes, distribuídos, ainda, em outros stands, como o da Doritos, Fanta e do Detran.
Como diz o ditado, “eu só saio daqui quando o Dj também sair”.
Até 2019!