Coluna Jovem – Out2018
Você faz as coisas por prazer ou apenas faz por obrigação?
Vivemos uma grande corrida contra o tempo. Conciliar estudos, trabalhos, família, amizades, lazer e outros é bem difícil, principalmente quando mal temos tempo para fazer nossas tarefas e bater nossas metas. Se organizar e conseguir cumprir o planejado é crucial, principalmente conseguir realizar as tarefas, pois estamos sempre adiando um pouquinho nossos a fazeres que não seja tão divertidos assim.
Com o passar do tempo, determinadas coisas passam a ser comuns para nós. Trabalhar, estudar, acordar determinada hora todos os dias, sair tal horário, chegar a casa e já sair novamente, são exemplos de ações que realizamos durante a semana e que, muitas vezes, fazemos por obrigação e não pelo prazer de fazer. Se perdemos a essência pelo que fazemos, se perdemos o gosto por algo, esse algo passa a ser comum como qualquer outra coisa que não tem mais importância. Quando isso acontece, paramos de aproveitar o momento, fazemos por fazer com o objetivo de terminar logo e ponto, nada, além disso.
Vamos imaginar uma situação que é bem comum. O trajeto de casa até o colégio, faculdade ou trabalho. Fazemos isso várias vezes por semana e por isso passa a ser algo indiferente pra gente, algo normal que “nunca” muda. Enquanto estamos passando por esse percurso, não observamos muito a paisagem, por exemplo, não olhamos os carros que passam pela gente, os diferentes humores das pessoas pela manhã, apenas fazemos o trajeto. Não abrimos nossos horizontes dessa maneira. Se durante esse simples trajeto reparássemos no que está a nossa volta, talvez deixe de ser um caminho “obrigatório” e passe a ser um caminho que te deixe bem, que te traga experiências novas.
Existem muitas ações que realizamos de terminada forma por ter sido assim que aprendemos, por ser assim que alguém que conhecemos faz há bastante tempo. Não que isso seja errado, pelo contrário, aprendemos as coisas com quem já sabe, já conhece mais que nós, mas também não podemos deixar de ver por outro lado, de tentar fazer de outra maneira além daquela. O fazer as coisas com gosto, com prazer e não por obrigação, não fazer “automaticamente” gera resultados muito bons, tanto naquilo que fazemos, como para nós também.
Pense mais nas coisas que te davam gosto de fazer e que hoje em dia viraram apenas rotina pra ti. Tente resgatar o gosto por fazer as tarefas diárias. Mude o olhar sobre a monotonicidade das coisas que te rodeiam.
Carol Freitas – EAC
Foto: Cláudia Hi – O Pequeno Lírio