Bem Estar – set2017
Arritmia cardíaca: palpitações indicam o ritmo do coração Exames periódicos e hábitos saudáveis ainda são as melhores formas de prevenir o descompasso cardíaco
“Oi, tum, tum, bate coração. Oi, tum, coração pode bater”, já cantava Elba Ramalho. Mas será que as batidas do coração têm recebido a devida atenção? Os últimos dados apontam que, no Brasil, ocorrem mais de 300 mil mortes súbitas por ano, decorrentes da arritmia cardíaca. A boa notícia é que ela pode ser diagnosticada precocemente e tratada, evitando complicações graves e incapacitantes, como o AVC. Por isso, é necessário ter atenção às palpitações, pois elas podem sinalizar que algo mais grave está afetando o ritmo do coração.
A normalidade dos batimentos cardíacos varia de 60 a 100 batimentos por minuto, considerando as atividades cotidianas. As variações podem ocorrer no momento da prática de exercícios físicos, excedendo os 100 BPM, ou pode ficar abaixo de 60 BPM na hora do repouso.
– As arritmias cardíacas são alterações elétricas que causam irregularidades no batimento cardíaco, sendo a mais frequente a fibrilação atrial, que pode ser sentida como um tremor no peito. Embora não seja fatal, pode eventualmente levar o indivíduo a ter um AVC (acidente vascular cerebral), além de outras complicações cardíacas – explica Dra. Olga Ferreira de Souza, coordenadora do serviço de arritmia e eletrofisiologia, do Hospital Rios D’Or.
Alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da doença são: hipertensão, obesidade, tabagismo, sedentarismo e as cardiopatias. Além disso, a cafeína também pode ocasionar o problema em pacientes sensíveis ao componente. Pessoas idosas estão mais propensas a ter fibrilação atrial (batimentos rápido e irregular do coração) do que os jovens, no entanto, este cenário pode ser alterado devido a maus hábitos, como o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas e estimulantes.
Geralmente, as arritmias cardíacas são silenciosas e não apresentam sintomas. Mas quando se manifestam, são caracterizados por cansaço, palpitações, confusão mental, pressão baixa, dor no peito, desmaios e tonturas, podendo ser confundidos com outras doenças. Por isso, é recomendável realizar exames rotineiros para detecção da doença.
– É sempre indicado que as pessoas com mais de 35 anos, com histórico familiar de cardiopatia ou morte súbita, sejam submetidas a consultas regulares com cardiologista. Contudo, a prevenção é forte aliada para evitar complicações, sendo orientada a adoção de hábitos de vida saudáveis, como prática de esporte e dieta equilibrada – recomenda Dra. Olga Ferreira de Souza.
Os principais exames para diagnosticar a arritmia cardíaca são o eletrocardiograma, Holter 24hs, Monitor de eventos (que registra o ritmo do coração por até 30 dias) e o Estudo Eletrofisiológico. Entre as opções de tratamento estão o marcapasso – que irá controlar o ritmo dos batimentos cardíacos – e a Ablação, que tem taxa de cura aproximada de 100% para algumas arritmias. O tipo de tratamento é determinado pelo médico baseado no tipo de arritmia apresentada pelo paciente.
Centro de Arritmias Cardíacas – A Rede D’Or São Luiz dispõe de um serviço de excelência especializado no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas e um centro de avaliação de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis. Equipe especializada está à disposição para atender os pacientes com Estudo eletrofisiológico, Ablação com rádio frequência ou Crioablação e Dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis.
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