Bem Estar – mar2017
Febre Amarela se torna nova vilã do verão
Eliminação dos focos das larvas do Aedes aegypti ainda é a melhor forma de prevenção
Proteção solar, hidratação e roupas leves são preocupações frequentes durante o verão, mas a estação mais quente do ano também reforça o alerta para doenças propagadas pelo Aedes aegypti. O clima facilita a proliferação dos ovos do mosquito vetor da Dengue, Zika, Chikungunya e da Febre Amarela, enfermidade relacionada mais recentemente a esse transmissor. Os sintomas causados por estas doenças são similares e acabam causando dúvida na população, por isso, é indicado uma avaliação médica para definição da melhor conduta a ser tomada.
A Febre Amarela é uma doença febril aguda viral que tem comportamento de endemia em áreas amazônicas desde a década de 80, porém no início de 2017 um grande surto acometeu algumas cidades como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia causando grande preocupação em toda população.
– A maioria das pessoas infectadas pelo vírus da Febre Amarela apresentam sintomas leves como febre e cefaleia com duração média de dois dias, mas em alguns casos o quadro clínico pode ser moderado apresentando dor muscular, nas articulações, náuseas e, em alguns fenômenos agudos, o paciente pode ter hemorragia causando icterícia, um sintoma que deixa a região dos olhos, pele e mucosas com aspecto amarelado. Não existem tratamentos médicos específicos contra o vírus. Geralmente o tratamento visa melhorar os sintomas e, em casos mais graves, pode haver reposição do sangue perdido nas hemorragias, diálise para os rins afetados e controle geral das complicações – detalha a infectologista Sílvia Oliveira, do Hospital Rios D’Or.
Combate ao Aedes aegypti – A prevenção, com a eliminação dos focos das larvas, ainda é a melhor forma de evitar a doença, mas a vacinação também é importante para a imunização contra a Febre Amarela, sendo indicada para moradores ou visitantes de áreas consideradas de risco dos 9 meses aos 60 anos de idade alcançando eficácia de até 97% com apenas uma dose, segundo a Organização Mundial de Saúde. A vacina contra febre amarela, disponível em postos de saúde e em algumas clínicas particulares, é contraindicada para gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças até seis meses e pessoas com mais de 60 anos. Pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas só podem ser vacinados com indicação médica, assim como pessoas alérgicas.
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