Bem Estar – Julho 2018
Atenção às crianças: especialista alerta sobre engasgos infantis
Pediatra destaca que o maior foco de atenção deve ser com crianças de até 2 anos de idade
Pequenos objetos sólidos, assim como a aspiração de líquidos – especialmente durante as mamadas, são as principais ocorrências de engasgos infantis. Este fato é caracterizado pela dificuldade de respiração devido à presença de corpos estranhos na garganta, e acontece com muito mais frequência que o pensado. Portanto, o cuidado deve ser redobrado em crianças até 2 anos de idade, devido o diâmetro da traqueia – em média 3 centímetros.
– Alguns sinais podem indicar se a criança está realmente engasgada: tosse, vermelhidão no rosto, cianose (lábios arroxeados), falta de ar e apneia (parada respiratória) sã o alguns deles. Nesses casos, é muito importante nunca tentar tirar um objeto com os dedos sem visualização total para não o empurrar mais. Também não se deve soprar no rosto da criança – explica Dra. Maria Fernanda Motta, responsável pela pediatria do Hospi tal Rios D’Or.
Em caso de ocorrência, algumas manobras podem ser feitas em casa, mas o serviço de emergência deve ser acionado imediatamente – seja por telefone (através do 192) ou ainda encaminhando a criança até uma unidade hospitalar. Os procedimentos para engasgos com líquidos e sólidos são diferentes.
– No caso de engasgo com líquidos deve -se levantar a criança e estimular a respiração através de suaves estímulos nas costas. Se houver aspiração de objetos sólidos, em menores de um ano, vira -se a criança de bruços com a cabeça baixa em relação ao corpo batendo vigorosamente no dorso por cinco vezes seguidas para expulsar o objeto. Caso ela não volte a respirar e não expulse o objeto, deve-se acionar o serviço de socorro imediatamente, ou procurar uma unidade de emergência. Se o deslocamento não for possível, enquanto espera-se o atendimento no local, deve-se virar a criança de barriga para cima fazendo cinco compressões torácicas. No caso de crianças maiores de um ano conscientes deve-se abraçar a criança pelas costas posicionando uma mão fechada coberta pela outra logo abaixo do tórax fazendo movimentos com as mãos para dentro e para cima simulando uma tosse artificial. Os movimentos devem ser repetidos até que o objeto seja expelido. Caso a criança perca a consciência em qualquer momento, deve ser iniciada respiração boca a boca e massagem cardíaca –aponta a Dra. Maria Fernanda.
Sempre é melhor prevenir – Alguns cuidados são importantes para que não ocorra o sufocamento . A curiosidade das crianças faz com que tenham a tendência de levarem os objetos a boca, e u ma rápida distração dos pais/responsáveis pode resultar em um problema. Veja como se antecipar ao perigo :
– É importante nunca deixar crianças pequenas brincando sozinhas, especialmente perto de pequenos objetos como moedas, botões, brincos e pequenas peças de brinquedos. Atentar sempre para a idade indicada para uso de todos os brinquedos. Atenção para alimentos de superfície lisa e arredondada que possam ser aspirados como uvas por exemplo. Os mesmos devem ser oferecidos cortados em tiras, especialmente para crianças menores de 3 anos – destaca a especialista.
===
Informações para a imprensa
HD Comunicação
Patrícia Gualberto | patricia.gualberto@hdpr.com.br | (21) 3478 3123 / 96702 2777
Mariana Brandão | mariana.brandao@hdpr.com.br | (21) 3478 3125