Bem Estar – Abril 2018
Alimentação equilibrada é uma forte aliada para a saúde dos idosos
Hábitos alimentares saudáveis são indicados para todos, mas há algumas peculiaridades relevantes na terceira idade que precisam ser ressaltadas. Isso acontece devido ao processo de envelhecimento, que provoca algumas mudanças comportamentais, físicas e metabólicas que exigem atenção, como a perda de massa muscular, a dificuldade de mastigação e ainda a menor absorção de alguns nutrientes.
A dieta equilibrada é responsável por contribuir com a qualidade de vida do idoso, inclusive, prevenindo e retardando o desenvolvimento de doenças.
– Os idosos tendem a apresentar comprometimentos progressivos na perda do paladar e olfato e isso interfere diretamente na alimentação. Além disso, acabam fazendo opção por preparações de fácil mastigação, geralmente a base de carboidratos, como massa e arroz, e deixando de lado, por exemplo, o consumo de carne. O ponto de atenção está na redução da ingestão de proteínas, o que é essencial para manutenção da massa magra no organismo. Portanto, a orientação é que todas as refeições tenham a presença de proteínas, mas, além de tudo, que o idoso tenha uma dieta equilibrada para prevenção, principalmente, das doenças cardiovasculares – afirma Dra. Renata Serra, geriatra do Hospital Rios D’Or.
É preciso que exista um equilíbrio entre os alimentos que dão prazer com os de maior teor nutricional. Recomenda-se evitar o consumo excessivo de doces, frituras, e carboidratos, porque o metabolismo do idoso tem uma necessidade reduzida de caloria. O consumo abusivo destes alimentos pode gerar o ganho de peso, e não de músculo, não sendo benéfico, já que se torna um idoso obeso e desnutrido, tanto de micronutrientes, quanto de macronutrientes.
– O mais indicado é que a dieta alimentar seja composta por alguns alimentos, principalmente da dieta mediterrânea, como peixes, azeites de oliva, frutas e legumes. Estes devem ser consumidos por serem nutricionalmente ricos, por terem relação com a diminuição de riscos cardiovasculares, i nclusive em relação com melhor performance de memória –destaca a especialista.
Outro fator relevante é que idosos têm tendência a ter prisão de ventre e constipação intestinal, então, inserir fibra é igualmente importante para que tenha um hábito intestinal saudável. Além disso, estimular o consumo de água e outros líquidos se faz essencial, pois com as alterações do envelhecimento sentem menos sede. O baixo consumo pode resultar em desidratação – um dos fatores que está relacionado ao delírio do idoso (que é um estado de confusão mental) e às internações hospitalares.
– Há casos em que o idoso necessita de suplementação de vitaminas e isso deve ser feito com orientação de especialista, caso a caso, ou seja, não deve fazer uso indiscriminado de polivitamínicos.
De modo geral, a verificação para esta reposição acontece com a realização de exames laboratoriais (de sangue). O mais frequente é a identificação de deficiência ou insuficiência no organismo da vitamina D, relacionada à saúde óssea. Assim como esta, outras podem ser repostas através da própria alimentação e, caso necessário, através da suplementação acompanhada pelo especialista –conclui a geriatra.
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