A entrada messiânica em Jerusalém
Jesus entra na cidade montado em um jumento, conforme a profecia de Zacarias (9,9). Durante sua entrada, Ele é aclamado como Filho de Davi,
Hosana (= salva-nos, dá a salvação) pelas crianças e os humildes de coração.
“Bendito o que vem em nome do Senhor” (Sl 118,26). Essa aclamação é retomada pela Igreja no Santo, Santo, Santo da liturgia eucarística e essa entrada triunfal em Jerusalém é celebrada no Domingo de Ramos dando início à Semana Santa.
Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
Coube aos apóstolos e a Igreja anunciar ao mundo o mistério pascal da Cruz e da Ressurreição de Cristo.
Tendo sido “rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas” (Mc 8,31), que o “entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado” (MT 20,19). Os sofrimentos de Jesus tomam uma forma histórica concreta.
Assim a fé e as fontes históricas se complementam para uma melhor compreensão do sentido da Redenção e as circunstâncias da Morte de Jesus.
Jesus e Israel
O ministério público de Jesus, desde o início, é visto erroneamente pelo fariseus, sacerdotes e escribas. Eles não aceitam que Jesus tenha poder de expulsar demônios, perdoar pecados e fazer curas, até mesmo em dia de sábado e rejeitam seu relacionamento com pecadores e publicanos. Eles então procuram um modo de afastá-lo, mas como conseguir isto?
A solução encontrada por eles foi dizer que Jesus blasfema e que é um falso profeta, portanto, obedecendo a Lei que diz que esses crimes religiosos são punidos com a morte, Ele também deve morrer.
O que eles não sabiam é que a morte estava prevista no desígnio salvífico de Deus e se realizou uma vez por todas, com a morte redentora do seu Filho, Jesus Cristo.
É bom que se diga que as relações de Jesus com os fariseus não foram exclusivamente polêmicas, tanto é que são eles que o previnem do perigo que corre (Lc 13,31), Jesus elogia alguns deles, como o escriba de Mc12, 34, diversas vezes come com os fariseus. Confirma doutrinas farisaicas: a ressurreição dos mortos, as formas de piedade (jejum, esmola e oração) e o hábito de dirigir-se a Deus como Pai, a centralidade do mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Mas alguns chefes de Israel querem condená-lo e o acusam de agir contra a Lei, contra o Templo de Jerusalém e até contra a fé no Deus único por se proclamar como Filho de Deus. Com todos esses motivos, Ele deve ser entregue a Pilatos para que seja condenado à morte.
(Continua no próximo número)
Jane do Tércio